Formação

CHAMADOS A SER A PONTA DA LANÇA

 

O nosso primeiro chamado é viver como imagem e semelhança do nosso Deus. Essa voz que grita dentro de nós: vem me seguir! Vem me servir! Somos assim, privilegiados a nos colocar em posição não de destaque, mas de servos de apenas um Senhor: Jesus Cristo! Também, falamos especificadamente de Ministério dentro do Grupo de Oração aquele que nos identificamos no serviço da evangelização. O Ministério de Música e Artes é um chamado especial. Não que seja melhor que outros. A música é a abertura inicial, um grande sim ao Grupo de Oração, aos momentos de oração. Ela é a ponta de lança, conforme Monsenhor Jonas Abib.
E então, como você exerce seu ministério de música e artes? Ele está sendo uma ponta de lança ou apenas produzindo emoções no povo e despertando alguns elogios a você? Isso é muito sério amados músicos de Deus. Passemos a fazer essa autocrítica em nós, pois se estamos buscando apenas cantar ou tocar, dançar ou encenar para "exibir" nosso dom... estamos no lugar errado! Pois, dentro do nosso Ministério de Música e Artes precisa existir servos que levam o Batismo no Espírito Santo à todos que estiverem no Grupo de Oração. A nossa arte precisa ser poderosa na unção! O chamado fundante do seu ministério é esse: levar o Batismo no Espírito Santo através da música.


" Na Renovação, o Ministério de música é a ponta de lança. Mas a ponta é fina... e tem de ser. Ela é penetrante, fininha, abre brecha e não tem nada que a ela resista. Com a música vem o poder de Deus. Essa ponta de lança penetra os corações mais endurecidos. Não são apenas emoções que uma música gostosa produz... É o poder de Deus, a presença do Espírito Santo, a presença dos anjos na música."
(Apostila de Formação para Ministério de Música e Artes-2009)

O Ministério de Música no Grupo de Oração



"A lei sem o Espírito mata".


    Além deste aspecto que merece a nossa reflexão e especial atenção nos deparamos também com o aspecto da autoridade e submissão ao coordenador do grupo de oração. O Ministério de Música deve ter a liberdade para segundo a unção do Espírito preparar o povo para a noite de oração, porém nunca devemos esquecer que há um dirigente ou coordenador da noite de oração e que cabe a ele discernir os caminhos pelos quais Deus que fazer aquele povo trilhar. Somos ministros de música e não coordenadores de grupo de oração. Cabe a nós a preparação inicial e a cooperação com a condução da oração, seguindo o Rhema dado pelo Senhor e nos alegrando com a obra do Espírito nos irmãos e em nós, porque afinal de contas também somos filhos.

    Nos diversos cursos para ministério de música que nós da Comunidade Recado pregamos nos mais diferentes lugares do Brasil, temos, com uma certa constância nos deparado com problemas entre o coordenador dos grupos de oração e o ministério de música. Não é raro encontrarmos ministros de música que apenas cumprem um ritual de abrir a noite de oração com música já selecionada e sem a menor liberdade do Espírito ou então, ministros de música que roubam a cena, fazem o papel do coordenador da noite de oração e não se submetem as autoridades constituídas naquele momento.
    Nos dois casos ao nosso modo de ver há erros. A música no grupo de oração não é apenas um tapa buraco, um aviso prévio de que dentro de poucos instantes o Espírito Santo irá agir com todo o poder. Não! Definitivamente não! A partir do momento que nós do Ministério de Música começamos a ministrar a música com a unção de Deus, porque fomos escolhidos por Ele, porque somos chamados a exercer esse serviço com autoridade de Cristo Ressuscitado cheio de alegria e inabalável confiança, a partir desse momento a graça de Deus já esta acontecendo.
    Da mesma forma que temos nosso momento de estarmos na frente, precisamos aprender que também temos os nossos momentos de recuarmos e seguirmos as orientações que Deus esta dando através da unção do coordenador ou do dirigente do grupo de oração e neste momento nosso serviço não perde a importância, apenas muda de posição. Passamos a cooperar com Deus seguindo o Rhema da oração, cooperando e favorecendo com todo o clima da reunião, com música que falem do mesmo tema e que coloque em evidência o assunto abordado.
    Pra desempenharmos bem o nosso papel precisamos ter um vasto repertório ensaiado, com música que falem de: Maria, Espírito Santo, Salvação, Reconciliação, Amor de Deus, Louvor, Amor a Deus e etc. Não gosto de ter músicas já pré-estabelecidas e cronologicamente organizadas. Acho que isso pode ser feito para nos auxiliar a discernir o momento de usá-las e não tirar nossa liberdade espiritual de sermos guiados pelo sopro do Espírito, que não deixa aprisionar e sopra onde quer e como quer.
    Não acho que seja obrigatório usar cinco ou seis músicas a cada início do grupo. Quantas vezes já vi a manifestação do poder de Deus na primeira música do grupo e a condução de toda noite de oração ser feita somente com aquele mesmo Rhema. Ás vezes nos mesmos criamos certas normas para nos prender à lei e nos esquecemos de que a lei sem o Espírito mata.
   
    Outro ponto que é de grande importância da condução da música em grupo de oração é o correto uso do livro de cântico. Veja, o livro de cântico está ali para nos auxiliar e não para roubar a atenção das pessoas. Usamos o livro para facilitar o aprendizado dos cânticos novos e mesmo assim depois de cantá–los algumas vezes é necessário fazermos o povo mergulhar na letra daquele canto e rezar com ele e não apenas repetir palavras com uma certa melodia. Já vi vários irmãos que usam o livro de cânticos como se estivessem em um ensaio de músicas novas no dia da reunião do ministério e não se trata disso.
   
    Precisamos levar nossos irmãos à oração, ao contato íntimo e verdadeiro com Deus através dos cânticos, sejam eles novos ou velhos. Por isso se faz necessário em um determinado momento da oração deixarmos o livro de cânticos de lado e levarmos o povo a cantar com os olhos fechados, com extrema piedade e assim provarem da abertura dos olhos da alma que certamente levam a uma experiência com o magnífico poder e amor de Deus.

    Teríamos ainda muitas coisas para comentar sobre este assunto. Quem dera pudéssemos um dia nos encontrar em algum retiro de Ministério de Música e partilharmos nossa experiência nestes 22 anos da Comunidade Recado. Deixemos que a providencia de Deus nos surpreenda com este dia.
    Que a alegria do Cristo Ressuscitado esteja em seu coração e transborde em cada momento de sua vida.

Fonte: www.recado.org.br 



                                       A Música na Liturgia



CANTO DE ENTRADA

Acompanha o rito, o movimento, a procissão - conforme Santo Agostinho: “Canta e caminha!” Finalidade: constituir e congregar a assembléia, introduzindo-a no mistério a ser celebrado – tempo litúrgico, sonorizar o caráter festivo da celebração, unir os fiéis, dar o tom da celebração.

ATO PENITENCIAL

É uma aclamação suplicante endereçada a Cristo, o Senhor, louvando-O e à sua misericórdia. Pertence aos cantos rituais, constituindo o próprio rito da celebração (Ordinário da Missa).

GLÓRIA

O Glória é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica a Deus Pai e ao Cordeiro, portanto de caráter doxológico (louvor, glorificação). É cantado de forma direta pela assembléia dos fiéis ou pelo povo em alternância com os cantores, ou ainda só pelo coro.

SALMO

O salmo é a proclamação da Palavra cantada, por isso requer-se o mínimo de preparo técnico e vocal , litúrgico e musical do salmista. Devido à sua importância, não deve ser omitido nem substituído por “canto de meditação”. É um canto  ritual, cantado entre as leituras.

ACLAMAÇÃO

O Aleluia é uma solene e jubilosa profissão de fé cantada, aclamando Jesus Cristo. Portanto, sendo aclamação,  é um grito com que exteriorizamos nossos mais profundos sentimentos e  experiências de vida, projetando-nos para fora de nós, algo que espontâneo brota do interior e se faz  exclamação, grito de júbilo.  

OFERTAS

É canto que acompanha a apresentação dos dons do pão e do vinho, facultativo e tem verdadeiro sentido quando houver a procissão das oferendas para o altar. “O canto das oferendas acompanha a procissão das oferendas e se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar.”

SANTO

O Santo é a aclamação da liturgia celeste. A assembléia deveria ficar à vontade e alegre, ao cantar esse louvor solene, sentindo-se intérprete fundamental desta aclamação, a primeira e mais importante a ser cantada pela comunidade.

PAZ

Os fiéis imploram a paz e a unidade para toda a Igreja e para toda a família humana; e saúdam-se uns aos outros, em sinal de mútua caridade.” Consta de três elementos: a oração pela paz, a saudação, à qual a assembléia responde “O amor de Cristo nos uniu” e o gesto da paz, que é facultativo.

COMUNHÃO

Um canto adequado à comunhão deverá corresponder ao sinal que está sendo realizado:  a refeição fraternal do Corpo e do Sangue de Cristo, na fraternidade e alegria da participação do banquete eucarístico.  Uma assembléia que caminha cantando em busca do dom gratuito e generoso do Pai.

FINAL

Não está previsto o chamado “canto final”, não faz parte da estrutura da missa. Mas nosso povo de certa forma o incorporou ao seu repertório litúrgico, de modo que pode-se entoar  um canto devocional – a Maria, ao santo padroeiro, ou outro, em vista da missão,  de caráter mais livre.

Fonte: Ir. Miria Kolling



Como a arte nos ajuda na relação com Deus

Em sua série de catequeses sobre a oração, o papa Bento XVI dá continuidade aos seus ensinamentos falando sobre a relação da arte e a elevação à Deus.

"Queridos irmãos e irmãs: 

Neste período, recordei muitas vezes a necessidade que todo cristão tem de encontrar tempo para Deus, através da oração, em meio às muitas ocupações da nossa jornada. O próprio Senhor nos oferece muitas oportunidades para que nos lembremos d'Ele. Hoje eu gostaria de falar brevemente de um desses meios que podem nos conduzir a Deus e ser também uma ajuda para encontrar-nos com Ele: é o caminho das expressões artísticas, parte dessa via pulchritudinis – "via da beleza" – da qual falei tantas vezes e que o homem deveria recuperar em seu significado mais profundo.

Talvez já tenha lhes acontecido que, diante de uma escultura, um quadro, alguns versos de poesia ou uma peça musical, tenham sentido uma íntima emoção, uma sensação de alegria; percebem claramente que, diante de vocês, não existe somente matéria, um pedaço de mármore ou de bronze, uma tela pintada, um conjunto de letras ou um cúmulo de sons, e sim algo maior, algo que nos "fala", capaz de tocar o coração, de comunicar uma mensagem, de elevar a alma. Uma obra de arte é fruto da capacidade criativa do ser humano, que se interroga diante da realidade visível, que tenta descobrir o sentido profundo e comunicá-lo através da linguagem das formas, das cores, dos sons. A arte é capaz de expressar e tornar visível a necessidade do homem de ir além do que se vê, manifesta a sede e a busca do infinito. Inclusive é como uma porta aberta ao infinito, a uma beleza e uma verdade que vão além do cotidiano. E uma obra de arte pode abrir os olhos da mente e do coração, conduzindo-nos ao alto.

Há expressões artísticas que são verdadeiros caminhos rumo a Deus, a Beleza suprema, que inclusive são uma ajuda para crescer na relação com Ele, na oração. Trata-se das obras que nascem da fé e que a expressam. Um exemplo disso é quando visitamos uma catedral gótica: sentimo-nos cativados pelas linhas verticais que se elevam até o céu e que atraem nosso olhar e nosso espírito, enquanto, ao mesmo tempo, nos sentimos pequenos ou também desejosos de plenitude... Ou quando entramos em uma igreja românica: sentimo-nos convidados de forma espontânea ao recolhimento e à oração. Percebemos que nesses esplêndidos edifícios se recolhe a fé de gerações. Ou também quando escutamos uma peça de música sacra que faz vibrar as cordas do nosso coração, nossa alma se dilata e se sente impelida a dirigir-se a Deus. Vem-me à memória um concerto de música de Johann Sebastian Bach, em Munique, dirigido por Leonard Bernstein. No final da última peça, uma das Cantatas, senti, não racionalizando, mas no profundo do coração, que o que eu havia escutado havia me transmitido verdade, verdade do sumo compositor que me conduzia a dar graças a Deus. Ao meu lado estava o bispo luterano de Munique e espontaneamente lhe comentei: "Ouvindo isso se entende: é verdadeira, é verdadeira a fé tão forte e a beleza que expressa irresistivelmente a presença da verdade de Deus".

Quantas vezes quadros ou afrescos, frutos da fé do artista, com suas formas, com suas cores, com suas luzes, nos conduzem a dirigir o pensamento a Deus e fazem crescer em nós o desejo de acudir à fonte de toda beleza! É profundamente certo o que escreveu um grande artista, Marc Chagall: que os pintores mergulharam seus pincéis, durante séculos, no alfabeto de cores que é a Bíblia. Quantas vezes as expressões artísticas podem ser oportunidades para lembrarmos de Deus, para ajudar nossa oração ou para converter o nosso coração! Paul Claudel, famoso poeta, dramaturgo e diplomata francês, ao escutar o canto do Magnificat durante a Missa de Natal na basílica de Notre Dame, em Paris, em 1886, advertiu a presença de Deus. Não havia entrado na igreja por motivos de fé, mas para encontrar argumentos contra os cristãos. No entanto, a graça de Deus agiu no seu coração.

Queridos amigos, eu lhes convido a redescobrir a importância deste caminho também para a oração, para a nossa relação viva com Deus. As cidades e os países do mundo inteiro contêm tesouros de arte que expressam a fé e nos recordam a relação com Deus. Que a visita a lugares de arte não seja somente ocasião de enriquecimento cultural, mas que possa se tornar um momento de graça, de estímulo para reforçar nosso vínculo e nosso diálogo com o Senhor, para deter-nos a contemplar – na transição da simples realidade exterior à realidade mais profunda que expressa – o raio de beleza que nos atinge, que quase nos "fere" e que nos convida a elevar-nos até Deus. Termino com uma oração de um salmo, o salmo 27: "Uma só coisa pedi ao Senhor, só isto desejo: poder morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida; poder gozar da suavidade do Senhor e contemplar seu santuário" (v.4). Esperemos que o Senhor nos ajude a contemplar sua beleza, seja na natureza ou nas obras de arte, para sermos tocados pela luz do seu rosto e, assim, podermos ser, também nós, uma luz para o nosso próximo.

Obrigado." 

No final da audiência, Bento XVI saudou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:

"Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação de boas-vindas para todos. Procurem descobrir na arte religiosa um estímulo para reforçar a sua união e o seu diálogo com o Senhor, através da contemplação da beleza que nos convida a elevar o nosso íntimo para Deus. E que Ele os abençoe."

O Músico na Bíblia

O Músico é um Profeta
“Meu olhar não é o dos homens: o homem vê a aparência,
   o Senhor vê o coração” (I Sam 16: 7)

É fundamental que você acredite em você mesmo como um Profeta. Nunca julgue o Músico pela aparência. Para trabalhar com jovem tem que se libertar do conceito de aparência. O segredo para o Ministério de Música enfrentar um público sem se aterrorizar e verdadeiramente ministrar e Música é pedir a Deus o seu olhar. Tem que entender o público e não julgá-lo, deve-se amá-lo. Não vamos lutar contra o público, deixemos que Deus lute por nós.
I Sam: 16
Versículo 11: O menor dos filhos

Peça ao Senhor que em seu coração você possa ser o menor, o mais simples, o mais humilde, o mais autêntico.

Saber tocar:

01: seu instrumento não serve de esconderijo para você; 
02: você deve dominá-lo e não deixar que ele te domine;
03: tenha o domínio técnico para que possa transbordar o seu interior através do seu instrumento.

Versículo 18: Eu vi o filho de Jessé de Belém, que sabe tocar muito bem: é um homem valente, hábil no combate, fala bem, de bela aparência e o Senhor está com ele”.

Valente

Deus nos deu um Espírito de autoridade, fortaleza. Não espere que a Igreja te apóie e chame para exercer seu ministério. Não pense que a Igreja pode fazer por você mais do que você pode fazer pela sua Igreja. Tenha ousadia para começar sozinho, um dia a Igreja te chamará e precisará de ti. A posição do músico é visada, aprende portanto a receber críticas. Não precisamos ser valentes para enfrentar sacerdotes e sim sábios.

Fala bem 

Falar bem é diferente de falar muito. Em Provérbios diz que falar muito sempre acaba em pecado: No muito falar não faltará o pecado (Pr. 10: 19). Aquele que sabe falar sabe também calar. Uma das grandes tentações com o público é falar demais. O discurso de Pedro foi rápido porém tocou e converteu 3000 corações.

Bela aparência 

Você não é só sua aparência ou uma beleza exterior, mas deve ser a beleza que Deus ama. És precioso aos olhos de Deus. Peça autenticidade, sinceridade.

O Senhor estava com ele 

Não deixe que seus sonhos dependam do dinheiro. Não tenha vergonha de sonhar. Deus precisa de seus sonhos, precisa que você chore por eles, mesmo que não tenha aparentes êxitos. Jesus morto na Cruz era aparentemente um fracasso. Quais são seus sonhos, ideais, desafios? Deus já sonhava com Jeremias! Deus já sonhava com você!
   
Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já contava contigo”. (Jer. 1: 5)

Na Bíblia aparece 365 vezes “não temas”, uma para cada dia do ano, porque em nós existe o medo. Seus sonhos só dependem de você e de Deus. Não espere que seus medos, suas fraquezas saiam de ti para fazer algo por Deus. Faz e deixa que Ele expulse suas fragilidades.

Conselhos:
 
01: Rever a sua história. Descubra como Deus lhe conduziu para realizar seus sonhos.
02: Não tente entender seus sonhos, no seu devido tempo compreenderás.
03: Alimente sua fé todos os dias porque é inevitável o momento em que você chega a duvidar desses sonhos.
04: Deus tem outros irmãos sonhando igual a você
05: Prepare seu coração para seus sonhos serem provados. Serão momentos de dúvidas, dor e desânimo.
   
"A espera do justo é a alegria". (Pr. 10: 28)

Fonte: Luiz Carvalho (Ex-Coordenador Nacional de Música e Artes): www.recado.org.br

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